terça-feira, 23 de outubro de 2018

Dermatite Associada a Umidade na Mama



Moisture Associated Skin Damage (MASD) é a nomenclatura internacional adotada para descrever o dano à pele associado à umidade, também conhecida como Dermatite Associada à Umidade.


Os termos dermatite, eczema ou intertrigo são utilizados como sinônimos para descrever um padrão de reação inflamatória na pele.

As causas são inúmeras, como genéticos, emocionais, nutricionais, imunológicos, por agentes irritantes (alérgenos) e agentes externos como o frio, calor ou oleosidade da pele.

Basicamente, a dermatite aguda caracteriza-se por inflamação, coceira, vermelhidão, vesículas ou eczemas arredondadas, próximas uma das outras, com bolhas cheias de líquido transparente e muitas vezes com odor fétido. Já a dermatite crônica se manifesta com coceira, ressecamento, espessamento, pele escamosa e com rachaduras.

Imagem Ilustrativa - Fonte: Google Imagens


Uma forma de dermatite comum é o intertrigo por umidade, que pode ocorrer em qualquer lugar onde a área tende a ser mais úmida e abafada, onde a pele se esfrega uma na outra, ou fricção de pele com tecido, causando a irritação.

As áreas comuns são, além das dobras dos seios, axilas, virilhas, área genital, entre nádegas e abaixo delas, coxa e abdômen.


Imagem Ilustrativa - Fonte: Google Imagens


Essas áreas também são propensas a promover o crescimento de bactérias, leveduras ou fungos, já que uma colonização ou infecção pode desenvolver-se quando há uma interrupção da integridade da barreira cutânea.
Muitas vezes é difícil diferenciar uma infecção de uma simples dermatite causada pela fricção em áreas pouco respiradas, quentes e úmidas. O odor é uma característica importante.

Os fatores que podem aumentar o risco de desenvolver o intertrigo incluem: mamas grandes, diabetes, má alimentação, má higiene, roupas justas, transpiração excessiva, exposição ao calor, umidade, abafamento, uso de antibiótico, o que diminui a população de bactérias na pele e facilita a disseminação dos fungos, a baixa imunidade, e o excesso de exsudado em feridas nesses locais.

Paciente J.R.S.
T.C.L.E. assinado pelo paciente

Foto ilustrativa

Embora o intertrigo seja uma dermatite muito comum, outros tipos de dermatite que causam irritação com inflamação e erupções (eczemas) na pele incluem, o intertrigo candidíasico (candidíase), dermatite atópica, celulite, urticária, dermatite numular, psoríase, sarna, dermatite seborreica, dermatite de contato, dermatite esfoliativa, dermatite de estase, dermatite ocre, dermatite alérgica e dermatite herpetiforme.


As dermatites não são contagiosas, portanto não é transmitida por contato direto ou por objetos de uso pessoal, e nem oferecem risco de vida.
É importante que faça consulta com um médico caso apresente os seguintes sintomas:
- Erupções que não melhoram dentro de 2 semanas
- Febre
- Dor e coceira intensa
- Sintomas que só pioram apresar dos cuidados em casa

O desenvolvimento do intertrigo depende de um ciclo vicioso, envolvendo a presença de fatores irritantes, a duração e a frequência da exposição da pele a esses componentes, o processo e o tipo de produto utilizado na higienização dessa pele.

Foto Ilustrativa - Fonte Google Imagens



O tratamento médico inclui medicamentos como pomadas com corticoides e/ou antifúngicas. Em alguns casos, pode ser necessário um medicamento V.O. se o tratamento tópico não for suficiente para tratar os sintomas.


O tratamento caseiro também é indicado como complementação para evitar reicidivas ou agravamento no caso:
- Usar talco nas dobras, para diminuir a umidade.
- Usar pomadas para assaduras ou óleo de girassol para diminuir assaduras, fricção da pele e auxiliar na cicatrização.
- Usar roupas leves, frescas, não apertadas e de algodão, incluindo as roupas íntimas
- Secar bem as dobras, evitando a umidade
- Arejar quando possível as áreas críticas
- Manter a área limpa
- Não usar produtos com fragrâncias e corantes
- Use sutiã que forneça uma boa sustentação para evitar que os seios friccionem na pele por baixo

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Aderência Cicatricial


As aderências cicatriciais estão geralmente associadas a inflamação durante o período cicatricial, a desordens na deposição de colágeno cicatricial e a falta de manipulação adequada após a cicatrização total.

Após sua formação, as aderências ficam mais rígidas, podendo também aumentar de tamanho ou largura.

Porque a Cicatriz se Torna Aderida?
Quando a pele é danificada ou lesionada, o corpo trabalha para naturalmente se curar, porém, não é possível repor exatamente a pele ou tecido danificado.

Nosso corpo passará por uma cascata de respostas celulares, liberação de mediadores químicos e fases sobrepostas em todo processo de cicatrização.
E, nas fases proliferativa e de reparação, nosso corpo deposita fibras colágenas que não são tão funcionais como as originais, formando uma barreira de proteção no local que foi lesado.

A cicatrização é o nome dado a esse processo de reparo pós lesão, em que o tecido preexistente é substituído por uma cicatriz que quando sofre alterações durante a fase de reparo, pode se tornar fibrosa, dura, rígida, esbranquiçada, retraída e alargada.

Isto é, o tecido conectivo não terá a mesma flexibilidade, elasticidade e funcionalidade.

Essa retração tensiona as fáscias, alterando todo o mecanismo de estruturas corporais locais e adjacentes a lesão.

Essas aderências da fáscia no tecido conjuntivo cicatricial ocorrem, pois as células de reparo são jogadas aleatoriamente e desorganisadamente no local da lesão. Não existe um mecanismo que repare essas estruturas individualmente.

Quais as Consequências de uma Cicatriz Aderida?
Quando ocorre a aderência ocasionada por má cicatrização, esta perda de movimento do tecido leva a alterações mecânicas, e consequentemente, a sobrecargas no tecido, dores, rigidez, limitações, falta de mobilidade ou flexibilidade, diminuição da circulação, inervação e sensibilidade.

Não existe um sintoma específico quando a causa é uma cicatriz. Os indícios podem ser diversos e aparecem em qualquer local do corpo, na qual sofreu uma lesão tecidual.
Mas o que mais encontramos na prática clínica, são dores lombares irradiadas ou de compensação, após uma cirurgia em região de baixo abdômen, e dores em região cervical ou meio das costas, braços ou lateral da mama, após cirurgia de mamoplastia.

Quando falamos após a cirurgia, não significa necessariamente e imediatamente após. Esse processo pode ser longo, e os sintomas, muitas vezes aparecem depois de meses ou anos.

Essas restrições de mobilidade se devem, principalmente, a uma estrutura chamada fáscia.
Fáscia é uma estrutura que envolve os músculos e vísceras, e serve para tais estruturas deslizarem uma sobre as outras.
As fáscias existem pelo corpo todo e estão interligadas umas as outras, podendo gerar tensões em regiões bem distantes do sítio da lesão.

A Aderência Cicatricial tem Tratamento?
Tem sim!
Se for uma aderência leve, o tratamento fisioterapêutico pode resolver, através de técnicas específicas, aparelhos e instrumentos.

O processo é lento, e as técnicas devem ser associadas para garantir bons resultados.

A duração do tratamento vai depender do tempo de aderência e da resposta corporal de cada paciente.

Cuidados para Evitar a Aderência:
-Não realizar movimentos que tendem a afastar as bordas da cicatriz.
-Não expor a cicatriz ao sol por no mínimo 6 meses.
-Fazer o repouso adequado.
-Evitar movimentos corporais que estendam a pele lesada.
-Evitar contato de substâncias e produtos não indicados pelo médico na cicatriz, evitando agressões na pele, inflamações e infecções.

-Não massagear em cima da cicatriz sem o devido conhecimento.



domingo, 20 de maio de 2018

Fibrose Tem Tratamento


A fibrose se  inicia após uma agressão cirúrgica. As células lesionadas estimulam uma resposta fisiológica de reação inflamatória que são substituídas por tecido cicatricial composto fundamentalmente por fibras de colágeno.

O processo continua na fase proliferativa com deposição de um novo tecido para preencher os espaços lesados, chamados de tecidos cicatriciais , seguindo para o processo de reparação. 

A fibrose é classificada em 3 tipos: nodular, cordão ou placa, e são vários os fatores que podem influenciar no aparecimento ou agravamento das fibroses. 

O cirurgião deve orientar sobre os cuidados pós operatórios e encaminhar o paciente o quanto antes para que o fisioterapeuta inicie o tratamento adequado. Existem recursos específicos de grande eficácia como a terapia manual, que é uma técnica de manipulação passiva.  

Aparelhos como Ultrassom, Manthus, Radiofrequência ou qualquer outro recurso eletroterapêutico não são proibidos na fibrose, porém devem ser ser feitos no momento certo, respeitando as fases cicatriciais, e impedindo o agravamento da fibrose . 

Fibrose X Drenagem


Atendo muitos pacientes que desenvolveram fibrose pós lipoaspiração. E sempre que me contatam, dizem que estão com fibrose e que precisam fazer drenagem linfática. Vale como informação que o pós operatório é muito mais que a drenagem linfática
Sim, a drenagem, sem dor e com a pressão certa (40 a 60mmHg) ajuda no edema, mas ela NÃO TRATA, NÃO ELIMINA E NÃO EVITA A FIBROSE.
 A drenagem é só um coadjuvante e não se encaixa como papel principal no Pós operatório da lipo. Eu também não atendo todos os dias. Acho importante que o corpo receba o estímulo e tenha um tempo para processar e trabalhar por si. Não trabalho com hora (sessão de 1hora, por exemplo), nem com pacote fechado de X sessões. Trabalho com o quanto o corpo do paciente me responde, e isso varia de paciente para paciente. 
Enfim, Fibrose se trata com terapia manual, e sem uso de aparelhos em fase que estimulem a síntese de colágeno. Jamais deixem que façam aparelhos ou massagens tipo modeladora durante o processo de reparo tecidual, pois esses procedimentos farão com que seu organismo produza mais tecido cicatricial e mais  fibrose

Drenagem Linfática é Tratamento para Fibrose Pós Lipo?




NÃO!!! A Drenagem é uma técnica eficaz durante o período inicial do pós operatório. Depois que a fibrose está instalada, o tecido fibroso prejudica a passagem do líquido (linfa) entre os tecidos para que possam ser absorvidos pelos linfáticos. Drenagem é indicada para tratar edemas (que é líquido), e #fibrose, como o próprio nome diz, é formada por fibras. Fibrose não é tratada nem com #drenagem e nem com #ultrassom mas com terapia manual para que ocorra a reorganização tecidual das fibras colágenas. 

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Estômago Alto Depois da Lipoaspiração ou Abdominoplastia


Tenho recebido mensagens de muitas seguidores perguntando porque apresentam estômago alto (barriga estufada) se elas já se submeteram a lipo ou abdominoplastia.


O estômago alto pode ocorrer por diversas causas.

Essa sensação pode ser devido o inchaço pós cirúrgico.
O corpo precisa de alguns meses para se recuperar de um procedimento cirúrgico.
É importante que o pós operatório seja feito direitinho, com relação a alimentação, uso da cinta e sessões pós operatórias com profissional qualificado.

Mas, e quando a paciente relata perceber, além do inchaço, essa elevação acima do umbigo, não deixando a barriga “chapadinha”, principalmente quando sentam? O que será?


Esses motivos podem também estar relacionados com gordura visceral, flacidez da musculatura abdominal, biótipo, gordura subcutânea, flacidez de pele, gases e constipação.

Quando a paciente está mais gordinha, e vai fazer uma lipoaspiração ou uma abdominoplastia, ela pode apresentar gordura por baixo da pele (gordura subcutânea). Essa é gordura que conseguimos sentir entre os dedos quando pinçamos e é  retirada através da lipoaspiração.


Porém, a paciente também pode apresentar gordura nos órgãos, atrás do músculo. Essa gordura interna que é a gordura visceral.


A gordura visceral, ou intra-abdominal, é uma gordura depositada nos nossos órgãos internos, principalmente no intestino, deixando o abdômen mais globoso, e mesmo que se contraia a musculatura, a região superior acima do umbigo fica mais volumosa. É a gordura que empurra a musculatura para frente.

E como essa gordura se apresenta atrás do músculo, não é possível retirá-la nem com lipoaspiração e nem na abdominoplastia.
Esse pode ser um dos motivos da barriga não ficar retinha depois da cirurgia plástica.

Caso contrário, se tiver gordura visceral, só conseguirá uma barriga retinha se perder essa gordura interna através de uma prática regular de atividade física e uma alimentação saudável.


Mas, descartando a hipótese de gordura visceral, se só fez lipo e ainda tem essa sensação, deve-se levar em consideração a possibilidade de flacidez abdominal, onde a musculatura não tem força de contração para “segurar” o conteúdo interno do abdome, mantendo-se frouxo, abaulado e globoso.



Com relação ao biótipo corporal, jamais uma paciente com biótipo genético de um corpo mais reto conseguirá adquirir um corpo “violão”, apenas curvas sutis, já que sua estrutura não possibilita um contorno tão marcado.
O biótipo oval e triângulo invertido apresentam diâmetros mais avantajados na região do tórax e cintura, e são os tipos de corpo que mais deixam a aparência de estômago alto.
Essas características corporais devem ser bastante discutidas entre médico-paciente para que a cirurgia plástica não cause esperanças e frustrações.



Se houver sobras de gordura subcutânea e de pele no abdome, isso causará dobras, deixando abaulamentos indesejados logo acima das bordas do gradil costal e acima do umbigo.
Por isso, a avaliação pré operatória, juntamente com exames de imagem são essenciais para a melhor conduta cirúrgica.




Gases e constipação também podem estar relacionados com o estômago alto.
Como todos sabem, o ar “sobe” quando estamos com muitos gases no estômago ou intestino, geralmente produzidos pela alimentação com predominância gasosa e pela deglutição (sim, nós engolimos ar a cada instante, que cai no estômago), e isso faz o estômago ficar distendido principalmente na parte superior do abdome.
E associado ao acúmulo de gases, devido a má alimentação, é comum o volume intra-abdominal ficar alterado devido ao acúmulo crônico de alimentos de difícil digestão e das fezes.




É importante saber que a cirurgia plástica só consegue atuar na gordura por baixo da pele, onde é possível ser pinçada entre os dedos, e depois da lipoaspiração ou abdominoplastia associada a lipo, esse pinçamento será menor.




Portanto, antes de pensar em pedir um reparo da cirurgia, deve-se investigar a verdadeira causa desta sua insatisfação, causada pelo estômago alto, e também, conversar com o seu médico antes da cirurgia, o real possível a se atingir para que não haja idealizações de um corpo que ele jamais poderá te oferecer.


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Alimentação no Pós Operatório de Cirurgias Plásticas


Passar por uma cirurgia, seja ela qual for, é sempre um momento delicado e que pode gerar bastante estresse ao organismo.

A alimentação é um dos fatores importantes para combater o trauma causado pela operação e acelerar o processo cicatricial do tecido lesado, já que é através dela que serão obtidos os nutrientes necessários para a regeneração celular e tissular.

Existem alimentos que ajudam na cicatrização pós operatória, estimulando o envio de nutrientes perdidos durante a cirurgia até a área lesionada e diminuindo o tempo total necessário para que o tecido se cure por completo.




Uma dieta pouco nutritiva, que não contenha uma boa proporção de nutrientes, poderá retardar o processo de cicatrização e até mesmo favorecer o surgimento de inflamações.

Por outro lado, uma alimentação com ingredientes naturais como frutas, verduras, legumes, gorduras boas e proteínas magras, fornecem muitas vitaminas e minerais, facilitando a cicatrização, reduzindo o tempo necessário para o tecido se recuperar e diminuindo a incidência de cicatrizes inestéticas.

Não faça dieta no pós operatório!!

A menos que seja por recomendação médica, evite fazer dieta caso esteja em um processo de cicatrização pós-cirúrgica.

Mesmo um pequeno corte na pele pode alterar o processo de metabolização dos nutrientes pelo organismo, já que as proteínas, vitaminas, gorduras, carboidratos e antioxidantes serão redirecionados para a formação de um novo tecido na área lesionada.




Conhecida como fase catabólica da recuperação, esse é o período em que o metabolismo está acelerado e necessitando de um maior aposte de energia.

Deixar de se alimentar adequadamente ou então seguir uma alimentação com pouca proteína, poderá obrigar seu corpo a recorrer dos seus estoques musculares para obtenção de energia e aminoácidos.
Isso poderá resultar em uma perda de massa magra e em uma maior dificuldade para a cicatrização, já que o corpo como um todo fica ainda mais enfraquecido.

Fases de Cicatrização e de Recuperação Pós Cirúrgica

De maneira simplificada, mostraremos que o corpo passará por 3 fases pós cirúrgicas: fase inflamatória, proliferativa e de remodelamento.

OBS: veja as 3 fases na íntegra no artigo (Reparo Tecidual, Fisiologia da Cicatrização)




A Fase Inflamatória é definida pela coagulação e nesta fase, o organismo necessita principalmente de nutrientes com vitamina K.

A Fase Proliferativa se caracteriza pela formação de células epiteliais e fibroblastos, e demanda de muita vitamina C, Zinco, Ferro e Aminoácidos.

A Fase de Remodelamento, o corpo necessita de carboidratos, proteínas e vitaminas, pois é nesse estágio que teremos o processo de formação, maturação e degradação do colágeno.

É por esse motivo que não é possível comer apenas um tipo de alimento cicatrizante durante todo o processo de regeneração tecidual, já que as necessidades do organismo estarão aumentadas e o foco deverá ser na diversidade de nutrientes.

Alimentos que Auxiliam no Pós Operatório:



#Líquidos:

 Além de proporcionar o equilíbrio corporal, a água hidrata o corpo, reduz a retenção de líquidos, ocasionados pelo inchaço, e auxilia na formação do bolo fecal, diminuindo a constipação (intestino preso) que é comum nos primeiros dias de P.O.
Outra dica é consumir suco natural de frutas, água mineral ou água de coco, que é considerado um isotônico e ajuda o organismo a absorver sódio e potássio, além de conter cálcio, magnésio, manganês, ferro, zinco e cobre.




#Proteínas Magras:

As carnes magras podem ser consideradas um dos nutrientes mais importantes para a cicatrização pós cirúrgica, já que vão atuar na formação de um novo tecido.
Durante o período P.O. você deve consumir mais proteína que o habitual, principalmente nas primeiras semanas.
Tente incluir pelo menos 2 a 3 porções diárias, sempre optando por proteínas magras como de carne, frango e peixe.




#Alimentos Ricos em Omega 3:

Os alimentos ricos em Omega 3, um tipo de ácido graxo (gordura), estimulam a resposta imunológica do corpo e ajuda a reduzir a inflamação, facilitando a cicatrização.
Outro motivo para incluir mais fontes de ácidos graxos na alimentação pós operatória é que as membranas celulares são formadas a partir de lipídios e o pós operatório é exatamente o momento em que você mais estará regenerando e formando novas células.
Aposte em sardinha, salmão, atum, semente de chia e farinha de linhaça.




#Alimentos Ricos em Vitamina K:

Alimentos ricos em vitamina, além de ricos em antioxidantes, contém compostos enxofrados bioativos que auxiliam na desintoxicação do fígado.
Isso é bom para quando recebeu anestesia ou está tomando remédios contra inflamações e infecções.
Esses nutriente auxilia na coagulação do sangue, fortalecendo a parede dos vasos, evitando hemorragias e auxiliam na boa cicatrização.
Aposte em legumes e verduras de folhas verdes.




#Leite e Iogurte:

São conhecidos como ótimas fontes probióticas, que são microrganismos que ajudam a equilibrar a flora intestinal e facilitam a eliminação de toxinas.
O iogurte e o leite também aumentam a imunidade porque recompõem bactérias benéficas na flora intestinal, além de protegerem o sistema nervoso.
Vale lembrar que produtos lácteos não devem ser consumidos pelo menos nos 2 primeiros dias após o procedimento cirúrgico.


#Alimentos Ricos em Ferro:


Nós já sabemos que para o corpo poder se cicatrizar e voltar ao seu estado funcional, o tecido necessita de nutrientes como vitaminas, proteínas, aminoácidos e ácidos graxos.
E como é que esses compostos chegam até o local lesionado? Através do sangue!!
E para que isso ocorra, o corpo necessita de ferro, o mineral que compõe as hemácias (células vermelhas do sangue) e que atua no transporte de nutrientes.
Além dos supracitados, fígado e ovos, outros também são ricos em ferro, como o espinafre, grão de bico, feijão, lentilha, tofu, carne vermelha e frutas secas.




#Alimentos Ricos em Vitamina A:

Essa vitamina é outro elemento essencial que nos ajuda na cicatrização e em todos os tipos de lesões, tanto internas quanto externas, com capacidade de regenerar a pele e oferecer energia.
Aposte no pimentão vermelho, cenoura, batata, abóbora, verduras de folhas verdes, melão e damasco seco.




#Alimentos Ricos em Vitamina E:

Atuam no processo de cicatrização e melhora o aspecto da pele reconstituída, além de ajudar a formar a parede de novas células.
Aposte na semente de girassol, avelã e amendoim.




# Vegetais Arroxeados:

Esses alimentos contém antocianina, um dos antioxidantes mais efetivos para a pele.
Aposte na cereja, beterraba e berinjela, pois são cheias de antocianina.
Os antioxidantes combatem os radicais livres (liberados durante a cirurgia e em situações de estresse) prevenindo o envelhecimento precoce.




#Frutas Vermelhas:

Contém flavonoides, que protegem as paredes dos vasos sanguíneos, garantindo a chegada de nutrientes até as células que estão atuando nos diferentes estágios de cicatrização, além de combater o processo inflamatório.
Essas frutas possuem um antioxidante natural capaz de reforçar a defesa do corpo contra infecções e de manter a elasticidade da pele.
Aposte em amora, morango, mirtilo, framboesa e cereja fresca.




#Frutas Cítricas:

As frutas cítricas, assim como a maioria dos alimentos de folhas verdes são ricas em betacaroteno (antioxidante) e vitamina C, que tem ação na formação das fibras de colágeno, poder cicatrizante com e para a regeneração do tecido, além de aumentar a imunidade e ter poder na absorção do ferro.
A ausência destes nutrientes aumenta os riscos de hemorragias e de rupturas cicatriciais.
Aposte em acerola, laranja, pêssego, limão, caju, tangerina, morango, abacaxi e kiwi.




#O Poder da Vitamina C:

Além das vitaminas A,E, K e das proteínas magras, que são os alimentos mais importantes no processo de cicatrização e regeneração do tecido, a vitamina C também tem um alto poder (se não for o mais importante) quando se fala em recuperação pós cirúrgica.
Ela é indispensável para sintetizar uma proteína que ajuda as células, tecidos, tendões e músculos a se recuperar da agressão cirúrgica.
Ou seja, sua missão é reparar e cicatrizar, além de nos proteger dos radicais livres e de infecções, que são as principais inimigas da cicatrização.
Ajuda a reduzir o sangramento e fazer com que os hematomas desapareçam mais rápido.
Pode ser levada em consideração a possibilidade de suplementar a alimentação com cápsulas de vitamina C ou de doses diárias de pastilhas efervescentes.
Fale com o seu médico!!
Aposte na acerola, laranja, kiwi, manga, morango, melão, tomate, groselha, toranja, caju, abacaxi, brócolis, agrião, couve, coentro e nabo.




#Alimentos Ricos em Zinco:

Este mineral apresenta grande poder anti-inflamatório.
É indispensável para a atuação dos fibroblastos, células do tecido conjuntivo que são responsáveis pelo equilíbrio entre a produção e degradação de colágeno. Equilíbrio este, necessário para uma boa cicatrização.
Está provado cientificamente que pacientes com quelóide tem níveis mais baixos de zinco no organismo, isso porque a ação da colagenase, enzima que destrói o colágeno excessivo, só aparece na sua presença, isto é, do zinco.
Aposte em ostras, cacau, castanhas, cogumelos e proteínas magras.



#Cubatan:

Potencializar a alimentação com suplementos nutricionais hiperprotéicos podem ser úteis para facilitar o processo de cicatrização.
Contém arginina, zinco, selênio, vitaminas A, C, E e um mix de carotenoides.
Este produto encontra-se em algumas farmácias ou pelo site www.danonenutricao.com.br  Fale com o seu médico!!



#Colágeno:

Embora não seja propriamente um alimento, o colágeno aparece na lista de alimentos que ajudam na cicatrização, porque é um nutriente fundamental  para a reconstrução dos tecidos lesionados na cirurgia.
Apesar de ser a proteína mais abundante do corpo humano, é importante seu consumo através de alimentos ou na forma de suplementos para que auxilie no processo cicatricial.
Você pode estimular a síntese de colágeno através do consumo de gelatina, frutas cítricas, folhas escuras, carnes e ovos, ou associar com o colágeno hidrolisado, 8 a 10g por dia em sucos que contenham vitamina C que potencializam o efeito do colágeno no organismo.
Importante frizar que em casos de lipoaspiração e incisões extensas, como na abdominoplastia, o excesso de colágeno ingerido pode atrapalhar o processo de cicatrização através de formação de fibroses e hipercicatrização, portanto, espere para consumir o colágeno hidrolisado após 45 dias e invista nos alimentos ricos em colágeno neste período.




#Carboidratos:

Nosso corpo também necessita de energia para poder dar continuidade ao processo de recuperação e cicatrização do tecido.
E já é sabido que a fonte de combustível favorita do nosso metabolismo são os carboidratos, que fornecem energia de maneira prática e rápida.
Algumas das melhores fontes de carboidratos neste período são os cereais e grãos integrais, que além de serem ótimas fontes de fibra, fornecem não apenas energia, como também uma série de outros nutrientes essenciais para o sistema imune e para a cicatrização.
Alimentos integrais, como por exemplo o arroz, pode ser considerado uma ótima adição ao seu cardápio de alimentos cicatrizantes, pois é rico em vitaminas B1, B3 e B6, e nos minerais manganês, selênio e magnésio.
O cereal integral ainda fornece uma boa quantidade de fibra alimentar e triptofano, que é um aminoácido precursor da serotonina.
Produzida pelo cérebro, a serotonina pode ajudar a minimizar a sensação de dor e melhorar o sono, dois aspectos importantes para quem está passando por um P.O. e um processo de cicatrização.




Alimentos Prejudiciais no Pós Operatório:

Qualquer lesão na pele gera uma resposta imediata do corpo, e esse processo é encarado pelo organismo como uma agressão, e como consequência, traz uma inflamação e precisa passar pelo processo de regeneração e cicatrização do tecido.

Neste momento, os alimentos podem oferecer nutrientes que auxiliam ou prejudicam a cicatrização.

#Alimentos Fermentados:

Não são indicados nos primeiros dias de P.O. pois provocam a dilatação do estômago, além de aumentar a formação de gazes e cólica.
Evite nas primeiras semanas feijão, couve-flor, lentilha, repolho e ovo.




#Sódio:

Alimentos com alta concentração de sódio são responsáveis por causar maior retenção de líquidos, isto é, inchaço.
Água com gás tem tanto sódio quanto o refrigerante, não indicado neste momento.




#Pimenta:

O sabor ácido da pimenta verde ou vermelha, é causado pela substância capsaicina, e apesar de ser boa para as artérias, é muito agressiva para a pele durante o processo de recuperação pós cirúrgica.
Melhor aposentá-la neste período.




#Carnes gordas, Linguiça, Bacon ou Carne de Porco:

Esses alimentos inflamam a cútis, o que pode levar além da conta a produção de colágeno e gerar hipercicatrização (queloide e cicatriz hipertrófica).
Melhor aposentá-la neste período.




#Camarão:

Esse é um alimento que deve ficar de escanteio em prol de uma cicatriz praticamente imperceptível.
Pesquisadores da UFMG provaram que esse crustáceo tem concentrações elevadas de quitosana, uma molécula que modifica os níveis de algumas proteínas no organismo, favorecendo a um estado inflamatório da pele, atrapalhando e retardando a cicatrização.
Dê preferência para alimentos com grande fonte de Omega 3, que contém uma gordura de ação anti-inflamatória, como a sardinha, atum ou salmão.




#Abacate:

Praticamente todas as frutas são fonte de nutrientes e vitaminas essenciais para uma boa recuperação pós cirúrgica, porém, o abacate apresenta substâncias que diminuem a ação da colagenase, uma enzima que destrói o colágeno.
Alimentos que afetam o equilíbrio perfeito entre a fabricação e a degradação de colágeno de colágeno pode servir de estopim para o surgimento de hipercicatrizes.




Conclusão:

Como se vê, para que a marca da cicatriz cirúrgica seja o mais imperceptível possível, não basta contar só com um cirurgião pra lá de habilidoso.

Depois da cirurgia, você deve fazer a sua parte e ela começa na cozinha.

E apesar da tarefa ou do dever de casa, nem sempre ser cobrada pelo cirurgião ( o que deveria), vale a pena você segui-la a risca.

Considerações Finais:

Uma boa opção de refeição pós cirúrgica nos primeiros dias é tomar uma sopa de legumes com pedaços de carne magra ou somente com caldo de carne, e ir complementando com alimentos ricos em proteínas e vitaminas A, C, E, K e Zinco que são os mais importantes para uma boa recuperação.