O uso das cintas abdominais modeladoras, corselets e espartilhos já são
velhos conhecidos, e há décadas eles vem sendo usados de forma cada vez mais
frequente pelas mulheres brasileiras, inclusive nas academias, com o intuito de
uma cinturinha de pilão. As mulheres buscam no produto uma tentativa de modelar
um contorno indesejado, mas a utilização tanto da cinta modeladora como da
prática do Tight Lacing (corsets e espartilhos) devem seguir algumas
orientações básicas para não prejudicar a saúde.
Cintas Modeladoras
Diferença entre Cinta Modeladora e Espartilhos/Corsets
Corsets
e Espartilhos:
A
prática do Tight Lacing, com o uso de corsets e espartilhos muito apertados,
podem enfraquecer a musculatura dorsal e ventral (abdominal e paravertebral)
cuja função é de proteger e conter os órgãos internos do abdome. O
enfraquecimento da camada muscular se deve à possibilidade de atrofiamento da
região por impedir que o abdome realize seu movimento muscular natural, o que
pode acontecer com a musculatura após 2 meses ininterruptos de uso. Alguns
estudiosos relatam que mais de 4 horas por dia já pode causar fraqueza nos
músculos e causar efeitos contrários como a tão temida flacidez na barriga
devido à atrofia muscular do abdome por desuso, além de poder fazer com que a
pessoa desenvolva hérnia de disco e dores na coluna.
A complicada estruturação
anatômica dos espartilhos apertavam as cinturas chegando a reduzi-las a
40cm de diâmetro o que causava pressão nos órgãos, deformação da
caixa torácica, ou perfuração dos órgãos por costelas quebradas, sem falar que
o espartilho somado ao grande volume formado por várias camadas de roupas da
época, que limitava ainda mais os movimentos.
A força de um espartilho apertado cria uma pressão não só sobre os pulmões, mais sobre todos os órgãos internos que mudam de posição para acomodar o novo esqueleto. Ilustração de 1884.
Os
espartilhos e corselets de alta compressão (as Tight Lacing), se usadas por um
longo período, podem causar, problemas de saúde, como alterações circulatórias,
varizes, inchaços nas pernas e pés são os mais comuns. O uso abusivo com muita
compressão pode machucar a pele, fazer cicatrizes, obstruir a passagem do
sangue na região abdominal. Pode causar até deformidades e fazer a pessoa
respirar de uma maneira mais curta e sentir falta de ar. . A intensidade da
força que as cintas e espartilhos para fins estéticos exercem no paciente é
outro fator para ficar atento, pois corre o risco de ter suas costelas
flutuantes curvadas e obter o efeito de deformidade torácica permanente, e isso
não é mais visto como beleza.
Relato de mulher que usou espartilho
Pele machucada com o uso do corselet
Pressão sobre os órgãos internos
Deformidade da caixa torácica e pressão sobre órgãos internos devido o uso abusivo dos espartilhos/corsets
Uma
pequena introdução sobre as costelas flutuantes.
São
costelas que não tem nenhum tipo de ligação com o osso esterno. Suas funções
são proteger os órgãos internos e ajudam na respiração auxiliando os movimentos
respiratórios.
Sua
remoção pode ser um grande prejuízo, pois como função de proteger os órgãos,
uma pancada forte na região pode ser fatal, pois evidencia alguns órgãos
tornando-os mais sensíveis.
Muitas
mulheres cobiçam uma cintura fina e acabam usando alguns apetrechos como
espartilhos e corsets, para conquistar a tão cobiçada cintura e perder algumas
medidas.
Esses
métodos empurram as costelas flutuantes para dentro, dando a falsa impressão de
cintura fina, mas que na verdade é uma deformação da caixa torácica.
Se o procedimento é feito em
uma idade onde os ossos estejam em formação, pode prejudicar a principal função
da caixa torácica que é proteger os órgãos internos.
Além da deformação, esse
método também dificulta a respiração fazendo com que a expansão do abdômen seja
prejudicada causando atelectasia que é "a dificuldade de uma área do
pulmão conseguir se expandir". Também bloqueia a passagem do sangue, com isso ele fica
parado nas pernas o que pode causar inchaços e varizes. Comprime o estômago
quando usado durante a alimentação fazendo com que sejam diminuídos os
movimentos peristálticos.
Esta técnica utiliza de barbatanas de diferentes
tipos (como uma armadura de ferro) para modelar a cintura.
Diferentes tipos e funções das barbatanas dos espartilhos
No esquema
abaixo, mostram-se as costelas antes e depois de utilizar a cinta apresentando
já uma deformação na caixa torácica.
Fig.1 Caixa torácica em condição normal. Fig.2 Caixa torácica com deformidades
Imagem de 3 diferentes níveis de deformidades de costelas pelo uso abusivo do espartilho/corselet
JL Comstock é
um dos mais famosos críticos à respeito do espartilho no século 19. Ele
explicava que as mulheres jovens estavam sobre uma enorme pressão para ser
esteticamente agradável aos homens. Mas
registros contemporâneos mostram que as mulheres os usavam porque as faziam
sentir atraente e bem vestida, além de ser um indicador de status. Os corpetes
remodelavam o corpo natural para o que era visto como desejável, jovem e
sexualmente atraente. O espartilho era usado tanto para impressionar os homens
quanto para afirmar a posição de uma mulher entre outras mulheres. As
deformidades causadas pelos corpetes e espartilhos eram um problema sério. Sem dúvida,
uma vez que muitas mulheres usavam espartilhos desde crianças, não era incomum
que sua caixa torácica envergasse.
Fig.1 Criança já fazendo uso de espartilhos. Fig.2 Caixa torácica do Séc.19 mostram danos causados por espartilho
Cintas Modeladoras:
A invenção das cintas modeladoras
pelo estilista Paul Poiret surgiu como evolução dos espartilhos porém com
afrouxamento da silhueta mostrando a beleza natural do corpo feminino
compreendendo uma nova maneira em que os corpos das mulheres interagiam com suas
roupas e elas foram intensamente usadas pelas mulheres entre 1920-70, e hoje
voltam com força total.
As cintas modeladoras com o
passar dos anos foram se aperfeiçoando e se tornando mais leves,
diminuindo a intensidade da contração exercida no corpo e ganharam novas malhas
com tecnologias e funções variadas, chegando a um alto nível de sofisticação,
qualidade e conforto.
De
acordo com o cirurgião plástico Marco Cassol, após muito tempo de uso de
qualquer cinta modeladora, de corselets ou de espartilhos muito apertados,
usados no dia-a-dia ou durante a prática de atividades físicas e, pois mais de
4 horas diárias, podem trazer riscos devido a restrição respiratória e flacidez
muscular do abdome e da musculatura paravertebral.
As cintas
modeladoras, seja de velcro ou de colchetes, mesmo sendo menos apertadas que os
corsets, não conseguem eliminar
as temidas gordurinhas da barriga, nem mesmo reduzir medidas de forma
definitiva. O que acontece é uma distribuição da gordura.
Sabemos que o tecido adiposo é um
tecido dinâmico, que responde a estímulos externos como por exemplo nossas
calças jeans ou as alças dos nossos sutiãs. Observe a foto da distribuição da
gordura do abdome com o uso de calça jeans baixa ou calcinhas apertadas. Isso
acontece devido a acomodação do tecido adiposo a estes estímulos externos
frequentes.
Marca permanente de peça íntima
Marca permanente de peça íntima que será eliminada na Abdominoplastia
Porém não se deve usar desta
ferramenta, as cintas, por tempos muito prolongados, a consequência disso pode
gerar varizes, edema, dificuldade de digestão e de respiração, cansaço fora do
normal e problemas ligados aos órgãos sexuais.
Além
disso, seu uso indiscriminado pode resultar em um abdome com mais glóbulos
devido à perda da resistência da musculatura. O Presidente da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica também desaconselha o uso para essa finalidade:
“mudar a forma comprimindo alguma parte do corpo não traria nenhum resultado
expressivo. A compressão neste caso é momentânea o e resultado desaparece em
pouco tempo. A crença do consumidor nesse tipo de produto precisa acabar”. A
dermatologista Gabriella Correa esclarece que também existem, além da cirurgia
plástica, tecnologias que auxiliam na perda de gordura, mas cintas modeladoras
não cumprem essa função: “não tem como afinar a cintura sem perder gordura”.
Fazer
exercícios e dormir com qualquer tipo de cinta modeladora também são hábitos
contraindicados, pois prejudicam nas contrações musculares. Portanto, nenhuma
delas são saudáveis sem a devida indicação médica.
Porém,
existe formas que o uso da cinta modeladora é indicada. No caso de cirurgias
plásticas nas quais o reposicionamento da pele é muito modificado, o uso das
cintas é benéfico, já que oferece a estabilidade necessária para a
cicatrização, ajuda na retração da pele e oferece sustentação da pele que foi
descolada e recolada na abdominoplastia. Após a realização de uma
lipoaspiração, a cinta modeladora oferece estabilidade, ajuda na retração da
pele e previne contra edemas acentuados e sangramentos, comuns nas cirurgias
plásticas, auxiliando também na drenagem linfática da região pela pressão
exercida.
Há
uns anos atrás, os estudos mostravam que a cinta modeladora era indicada de se
usar por 3 meses em média no pós-operatório de cirurgias plásticas.
Mas
os estudos avançaram, e hoje os especialistas mostram que o uso contínuo de
cintas pós-operatórias sem prejudicar a musculatura é de 1 a 2 meses.
As
cintas modeladoras também tem indicação médica nos casos posturais,
especialmente durante a gravidez, pois muda o eixo de equilíbrio do corpo e
evita dores ocasionadas pelo peso da barriga. Deve ser usada sob orientação
médica as cintas específicas para grávidas e pós parto, que proporcionam
conforto e sustentação, sem prejudicar a mãe e o bebê. O uso inapropriado de
cintas erradas durante a gravidez podem causar diversas complicações como
compressão do útero, da bexiga e de algumas artérias e veias; pode causar ainda
mais inchaço, o trabalho de parto pode ser prematuro ou até mesmo causar a
compressão da placenta e do cordão umbilical que podem colocar a vida do bebê
em risco.
Vale
lembrar que as cintas usadas no pós-operatório ou na gestação oferecem muito
menos pressão do que as usadas para esses fins estéticos como os corselets e os
espartilhos .
Um
fato importante é, que o uso esporádico das cintas modeladoras, com o objetivo
de modelar o corpo para usar um vestido, por exemplo, não causam danos à saúde,
diferentemente da pratica do Light Lacing. Os métodos mais saudáveis de
conquistar o corpo desejado são através da prática regular de atividades
físicas e da alimentação saudável. O procedimento cirúrgico de lipoaspiração
também pode ajudar a diminuir a cintura. Procure orientação médica.
Boa parte das imagens você pegou do meu blog. Assim como alguns trechos de textos sem dar nenhum crédito. Mas o que me preocupou muito foi a falta de organização das informações. Corset e espartilho se trata da mesma peça. Imagens ateibuidas ao uso de cintas na verdade são de uso de corsets. Uma imagem de lesão na pele (a toda vermelha) não tem nada que foi ocasionado por espartilho mas é uma imagem alertando sobre dermografismo que tem em meu blog. Uma outra que mostra uma ressonância magnética de alguém usando corset vc se refere a deformidade ocasionado pelo corset! Faltou uma atenção ABSURDA na leitura e levantamento das informações colocadas aqui!
ResponderExcluirColocar seu logotipo nas imagens pegas no meu blog tb foi o cúmulo 😅
Boa parte das imagens você pegou do meu blog. Assim como alguns trechos de textos sem dar nenhum crédito. Mas o que me preocupou muito foi a falta de organização das informações. Corset e espartilho se trata da mesma peça. Imagens ateibuidas ao uso de cintas na verdade são de uso de corsets. Uma imagem de lesão na pele (a toda vermelha) não tem nada que foi ocasionado por espartilho mas é uma imagem alertando sobre dermografismo que tem em meu blog. Uma outra que mostra uma ressonância magnética de alguém usando corset vc se refere a deformidade ocasionado pelo corset! Faltou uma atenção ABSURDA na leitura e levantamento das informações colocadas aqui!
ResponderExcluirColocar seu logotipo nas imagens pegas no meu blog tb foi o cúmulo 😅