terça-feira, 28 de março de 2017

O que é Rippling?

O aumento dos seios está entre as cirurgias plásticas mais realizadas em todo o mundo e, atualmente, é possível contar com técnicas seguras e personalizadas para se conseguir um efeito natural. Porém, como em qualquer intervenção, alguns fatores podem comprometer os resultados. 

Como em todas as cirurgias, após a mamoplastia de aumento (implante de silicone), também há riscos e intercorrências e entre elas está o Rippling que apesar de não causar danos à saúde da paciente nem dor, afeta a qualidade estética dos resultados.


O que é Rippling?
Rippling é o termo em inglês para as ondulações que acompanham o contorno do implante de silicone, dando um efeito de enrugamento sob a pele. Os enrugamentos ou dobras, se tornam mais perceptíveis quando a paciente inclina seu tronco para frente, como se fosse se abaixar. Este tipo de problema estético pode se apresentar em qualquer área da mama, porém é mais frequentemente visível na base lateral ou interna da mama e é pouco frequente aparecer nos primeiros anos após a cirurgia.

 

Quando pode ocorrer o Rippling?
As pacientes mais susceptíveis a essa situação são:
-- Pacientes muito magras;
-- Pacientes com pouca camada de gordura em volta do implante;
-- Implante é demasiado grande para paciente com pouco tecido mamário (glândula);
-- Quando há falta de tecido (pele) para recobrir os implantes (textura espessura e elasticidade: a pele é muito fina, pouco elástica, flácida ou atrófica);
-- Quando ocorre deslocamento do local onde foi colocado o implante ocasionado, por exemplo, por traumas;
-- Repouso no pós-operatório é feito de forma inadequada;
-- Ocorrência maior em implantes colocados por cima do músculo peitoral, subglandular;
-- Pacientes que desenvolveram contratura capsular: formação de capsula grossa em volta do implante e que se gruda por baixo da pele;
--Textura e preenchimento do implante são fatores influenciadores;
-- Implantes de longa data.

Local do Implante X Rippling
Sabemos que exitem 4 localizações para o implante mamário, porém o mais comum pode se dar tanto abaixo das glândulas mamárias como abaixo do músculo. (Falaremos especificamente sobre as 4 localizações em outra postagem). 

Quando subglandular, os implantes ficam em um plano mais superficial e mais próximo da pele, o que torna as ondulações mais evidentes. Atualmente o plano subglandular é escolhido por muito cirurgiões por ser de mais fácil execução e a incisão é feita abaixo da glândula mamária, um local de fácil acesso. Apesar desta técnica ser mais simples e proporcionar um pós-operatório mais tranquilo, para mulheres magras essa técnica não é a muito indicada, uma vez que possuem menos tecido mamário e gorduroso para cobrir o implante, e este ficará mais visível, seja com ou sem Rippling.

Já no plano submuscular, uma cirurgia mais invasiva e com pós-operatório mais dolorido, o implante fica atrás dos músculos peitoral, gerando um efeito mais natural. A incisão, neste caso, é feita abaixo do músculo. Com o implante localizado neste plano, o rippling tem poucas chances de aparecer, e mesmo que aconteçam ondulações no implante, eles não serão visíveis.


Textura do Implante X Rippling
Avanços tecnológicos na fabricação de implantes vêm diminuindo a ocorrência de ripplings.
A textura dos implantes mamários também podem contribuir para o rippling. Os implantes de silicone texturizadas, lisas e em gel não coesivo tendem a enrugar mais facilmente, ao contrário dos implantes de poliuretano. Eles são mais difíceis de serem colocados pelo cirurgião, mas proporcionam um resultado mais satisfatório, dando mais firmeza à mama e chances reduzidas de ocorrer o rippling ou mesmo outros efeitos colaterais como estrias, contraturas capsulares e flacidez no local.

                                                                          Tipos de Implantes
 


Correção do Rippling
Várias são as reuniões internacionais que discutem este problema estético e elaboram planos de tratamento baseados em pesquisas científicas.

Atualmente, há como corrigir o aspecto do rippling, e essa correção pode se dar por meio das trocas dos implantes (com ou sem contratura capsular) por implantes de poliuretano, devido ser menos susceptível ao enrugamento.

Outra forma de reparar o rippling é alterando o posicionamento do implante para o plano submuscular, assim, há mais material para cobrir o implante, e em caso de novo rippling, as ondulações não serão evidentes, além de ficarem mais naturais.

O enxerto de gordura é uma das maneiras menos invasivas e pode ser utilizado para minimizar a aparência das ondas na pele onde o implante foi colocado. Ele ajuda a disfarçar o aspecto do rippling e é uma boa opção para quem não quer se submeter a um novo procedimento cirúrgico.
Naturalmente em alguns casos, conseguimos apenas melhorar, sem resolver por completo, mas na maior parte dos casos, com essa colocação de gordura entre o implante e a pele, obtemos uma espessura maior da mesma, com o consequente desaparecimento das irregularidades. 
Se a colheita de gordura da paciente não tiver quantidade suficiente para modelar a área doadora, é indicado extender o processo de colheita de modo a ser realizado no mesmo tempo cirúrgico uma lipoescultura. Nesse processo, a gordura da paciente é aspirada (do abdome, coxa, flancos ou outra região), tratada e aplicada na mama para disfarçar as ondulações, conseguindo um resultado uniforme.

Antes e Depois do Enxerto de Gordura
OBS: Apesar de "Prótese de silicone" não ser o termo técnico correto, mas sim "Implante de Silicone", este termo se popularizou entre profissionais da área da saúde e pacientes para fácil entendimento.

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